A prática é considera comum entre os criadores de animais para competição, para manter o padrão estético considerado puro pelos juízes. Uma das raças mais famosas, os poodles também são vítimas de problemas genéticos. Doenças endócrinas de todos os tipos, tumores de mama, epilepsia e hidrocefalia – no caso do tipo toy.
– Como no próprio processo de criação das raças, no qual é muito comum a endogamia, em que se cruza animais com graus de parentescos próximos, ocasionando uma maior freqüência de distúrbios genéticos – afirma o veterinário Ricardo Araújo.
É o caso dos boxers, por exemplo, que não raramente apresentam problemas cardíacos, câncer e epilepsia. Os dóceis e meigos Cavalier King Charles Spaniel, outra raça com problemas genéticos, sofrem de uma doença no sistema nervoso chamada Siringomielia, em que o cérebro cresce mais que o crânio, causando uma dor de cabeça muito forte – que muitas vezes levam ao sacrifício do bichinho.
Os cruzamentos entre parentes é tamanho que na Inglaterra, segundo dados de uma pesquisa do Imperial College divulgada pela BBC, os cerca de 10 mil animais da raça Pug são de uma linhagem de apenas 50 cachorros. O focinho achatado, característica da raça reforçada por esses cruzamentos, atrapalha a respiração dos animais.
– Cães braquicefálicos, com o focinho achatado, como o pug, o shih tzu e o bulldog apresentam certa dificuldade respiratória. – afirma o veterinário.
Antes de comprar um animal, é recomendável consultar um veterinário para verificar se a raça escolhida tem alguma doença genética, a fim de evitar futuros problemas.
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